sexta-feira, 13 de março de 2015

Depois de um longo e tenebroso inverno

Ainda tentando me levantar depois de rasteiras da vida, ainda tentando ser forte mesmo sem ter vontade de respirar.
Sou boa na arte de fingir que estou bem, até os mais chegados não percebem. Mesmo destruída por dentro consigo parecer "normal".
Quem me gosta sabe bem quando as coisas estão erradas porque para estas pessoas eu não preciso fingir estar bem. Posso ser eu mesma.
As vezes penso se esta dieta Dukan foi só um pretexto pra me enxergar de novo, ver no que me transformei em 11 anos e o que virou minha vida.
Vivo agradando pessoas por necessidade, e me pego fazendo coisas que achava que jamais faria.Tudo por um único proposito "sobreviver" e pra que mesmo? Qual é a minha real importância? Será que faria tanta falta assim na vida das pessoas que gostam de mim? As vezes penso, que seria superado, viveriam suas vidas independente de eu estar presente ou não.
Tento crescer e ter uma carreira e não consigo, tento outros meios e me frustro de novo. Tento enxergar o lado bom da vida, mas já quase não enxergo nada porque sinto meus olhos inchados de tanta porrada que a vida me dá.
Me mato, faço a dieta direitinho me exercito e no dia seguinte a balança me olha e diz: Olha ai seu resultado! Ta indo bem! Se esse é o objetivo a ser alcançado porque não fico feliz com isso? Porque não sei mais ser feliz sem achar que algo ruim vai acontecer porque estou sorrindo. Tem sido assim por tanto tempo que não sei mais como modificar.
Depois de uma perda irreparável, muita coisa quebrou dentro de mim. Muitos dizem "que exagero", mas o fato é que só eu sei o que perdi. Foram anos de companheirismo, cumplicidade e lambidas de carinho quando ninguém era capaz de perceber o quanto eu estava mal. Dormíamos de conchinha, esperávamos uma a outra suas tarefas para descansar, olhávamos a rua sem se preocupar com nada apenas pela companhia uma da outra. Eu falava muito, ela só ouvia, mas sempre tinha uma lambidinha pra enxugar uma lagrima que rolasse do meu rosto.

Foi bom, será eterno, vou me reparar e me recuperar. A responsabilidade de viver é minha eu sei, mas as vezes agente se apega demais por uma desculpa pra continuar, pra se manter em pé. É como usar uma muleta mesmo sem se quer ter os pés machucados, mas ela te apoia a andar, e esse é o objetivo, você tem que andar... se a tiram de você, você pode andar do mesmo jeito, vai ser difícil no começo mas você consegue, porém você a usava porque não queria mais andar e ela te ajudava a fazer o que você não tinha vontade. Pois bem, chegou a hora de tentar de novo, sem se apoiar e procurar a real vontade de seguir.

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